Novos métodos prometem reúso e reciclagem de baterias de carros elétricos
- Rodrigo Barrago
- 8 de nov. de 2022
- 2 min de leitura

Hoje em dia, quase todos os desafios da indústria automotiva envolvem as baterias. Antes mesmo desses componentes nascerem, há questões relacionadas à disponibilidade de matéria-prima e aos danos sociais da mineração. Quando os carros elétricos começarem a envelhecer, o destino de acumuladores descartados será mais um problema (nada fácil) a ser resolvido.
No Brasil, já existem iniciativas de ponta em busca da solução. Uma delas é a Energy Source, startup do interior de São Paulo que, junto a universidades públicas, vem desenvolvendo métodos de reúso e reciclagem das baterias dos automóveis.
Por sorte, veículos mais antigos como o Bolt, de 2017, vêm mostrando aos engenheiros que são mais duráveis do que o imaginado. Desse modo, as células (cada uma das centenas de “pilhas” que formam uma bateria automotiva) poderão ser reutilizadas em outros veículos e produtos.
A Renault (parceira da Energy Source) é uma das mais avançadas nesse assunto: desde 2017, repassa seus acumuladores usados a marcas de eletrodomésticos, por exemplo.
Com o avanço das energias solar e eólica, precisaremos de baterias para estocar eletricidade em momentos críticos de oferta. A fabricante francesa quer resolver isso (e lucrar) com a unidade de negócio Mobilize – que, entre outros assuntos, investe em contêineres feitos de antigas baterias de carros e que podem atender até bairros inteiros.
Disso tudo sobra a “black mass” – um problemão para quem quer descartá-la sem prejudicar o meio ambiente. A Energy Source é uma das empresas ao redor do mundo que desenvolveram formas de separar os valiosos metais que compõem essas migalhas que sobram das baterias.
Como não faria sentido que esse processo fosse poluidor, a startup brasileira fez questão de recorrer à hidrometalurgia, que não utiliza fogo na separação dos produtos finais.
Comments