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Verdade ou fake: pode usar água no lugar do líquido de arrefecimento?

  • Foto do escritor: Rodrigo Barrago
    Rodrigo Barrago
  • 25 de mar.
  • 3 min de leitura
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O sistema de arrefecimento do motor é fundamental para manter a temperatura ideal de funcionamento do veículo, evitando superaquecimentos e danos mecânicos graves. No entanto, muitas dúvidas surgem quando o assunto é a composição do líquido de arrefecimento. Afinal, pode usar água no radiador? Qual o impacto dessa escolha no desempenho e na durabilidade do motor?


Autoesporte conversou com especialistas que explicam os riscos do uso inadequado de água no sistema de arrefecimento e como garantir a melhor manutenção do seu carro.


Pode usar água comum no radiador?

Se o nível do líquido de arrefecimento estiver baixo e não for possível chegar a um posto de serviço, é permitido completar com água? Sim, mas somente em situações emergenciais, como explica Clayton Zabeu, professor de Engenharia Mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia.


Se houver vazamento e for necessário completar o reservatório para continuar o percurso, a água pode ser utilizada. No entanto, tão logo seja possível, o sistema deve ser reparado e preenchido com o fluido recomendado pelo fabricante.”


O grande problema de rodar com água pura no sistema de arrefecimento é a corrosão acelerada dos componentes. “A presença de cloretos e outros sais na água de torneira pode corroer radiadores, cabeçotes e trocadores de calor”, alerta Zabeu.


Quais os possíveis danos de rodar por muito tempo com água no radiador?

Outro fator importante a considerar é a formação de cavitação, um fenômeno no qual pequenas bolhas de vapor colapsam dentro do sistema de arrefecimento, causando erosão em peças como a bomba d'água e o bloco do motor. O uso adequado de fluido de arrefecimento ajuda a minimizar esse efeito, garantindo a longevidade dos componentes.


Além disso, a água pura, especialmente a de torneira, pode conter sais minerais e impurezas que aceleram a corrosão das peças metálicas do sistema, comprometendo sua vida útil.


Quais os tipos de líquidos de arrefecimento disponíveis no mercado?


Segundo Danilo Silva, Engenheiro de Aplicação da Motul Brasil, o líquido de arrefecimento pode ser encontrado em duas formas: concentrado, que precisa ser diluído em água desmineralizada, e pronto para uso, que já vem na proporção correta.


“O produto é composto por água desmineralizada, etilenoglicol, controladores de pH e aditivos de proteção contra corrosão”, explica. Esses componentes trabalham em conjunto para evitar superaquecimento, corrosão e congelamento do fluido em temperaturas extremas.


O etilenoglicol, por exemplo, é um álcool que impede o congelamento da solução em temperaturas muito baixas e eleva seu ponto de ebulição. Dependendo da mistura, o líquido pode resistir a temperatura ambiente de até -40°C. Já os aditivos garantem a proteção das partes metálicas do motor e evitam a formação de depósitos que possam comprometer a troca térmica.


Como saber qual fluído é adequado para o meu carro?


A escolha do líquido deve seguir a recomendação do fabricante, evitando misturas de diferentes tipos de aditivos, que podem gerar borras e incompatibilidades químicas. Os principais tipos de fluido disponíveis no mercado são:


  • IAT (Inorganic Additive Technology): base de fosfatos e silicatos, ideal para motores mais antigos com componentes ferrosos;

  • OAT (Organic Acid Technology): utiliza compostos orgânicos como benzoatos e nitritos, recomendado para motores modernos;

  • HOAT (Hybrid Organic Acid Technology): combina as tecnologias anteriores, oferecendo proteção prolongada.


Pode dirigir com a luz da injeção acesa no painel do carro?

A especificação correta pode ser encontrada no manual do veículo, e seguir essa recomendação é essencial para garantir a eficiência e longevidade do motor.


Como fazer a manutenção deste componente?


Após uma emergência em que foi necessário usar água no sistema, é essencial realizar a manutenção o quanto antes. O procedimento correto inclui esvaziar o sistema, lavá-lo com água limpa, realizar um “flush”, uma limpeza completa, com água desmineralizada e, finalmente, preencher com o fluido adequado.


É importante também estar atento à periodicidade da troca do fluido de arrefecimento. Com o tempo, os aditivos presentes na composição do líquido se degradam, reduzindo sua eficácia na proteção contra corrosão e formação de depósitos.

O ideal é seguir o cronograma recomendado pelo fabricante do veículo e substituir o fluido regularmente, garantindo que o sistema de arrefecimento continue operando de maneira eficiente. Como existem diferentes tipos de recomendações de montadoras e fabricantes, o ideal é observar regularmente o nível e limpeza do fluído de arrefecimento, ao menos em cada revisão periódica.


Conclusão

A substituição do fluido de arrefecimento apenas por água é uma prática que pode trazer sérios prejuízos ao motor, comprometendo a durabilidade e eficiência do sistema de arrefecimento.


Embora a água possa ser utilizada em casos emergenciais, ela deve ser substituída pelo fluido correto o quanto antes para evitar corrosão, superaquecimento e danos mecânicos. O uso de um líquido de arrefecimento adequado, conforme a especificação do fabricante, é essencial para garantir que o veículo funcione de maneira eficiente e segura.


Dessa forma, o motorista evita problemas mecânicos dispendiosos e assegura a longevidade do motor e seus componentes.

 
 
 

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