Como um bebê no carro afeta o modo como as pessoas dirigem?
- Rodrigo Barrago
- 14 de jun. de 2023
- 2 min de leitura

De repente, você passa a frequentar menos a faixa da esquerda porque já não vai tão depressa; demora um dia inteiro para percorrer 200, 300 km. Dá uma volta a mais no quarteirão ou dirige por outros tantos minutos porque a criança resolveu tirar a tão aguardada soneca quando já estavam quase no destino.
A chegada do filho não tem impacto apenas sobre a decisão de ter ou não carro ou de qual escolher. Ela vem acompanhada de ajustes na dinâmica das viagens, no jeito de usar o automóvel e no comportamento ao volante.
Aqui, por exemplo, se a nossa filha de um ano começa a dar sinais de que pode dormir durante algum trajeto de carro, a gente tenta criar a nossa “onda verde” particular no trânsito. Já que os semáforos não são inteligentes e sincronizados, reforçamos as estratégias para pegá-los abertos: se a luz fica vermelha lá na frente, já reduz a velocidade e vai mais devagar para pegar o farol abrindo.
Se, ao contrário, vê que o sinal está verde, procura a faixa com menos carros e mantém a velocidade para aproveitar. Tudo para “embalar” o sono – e ela não despertar se o carro parar.
Pequenas ou grandes, as mudanças costumam se dar desde os deslocamentos do dia a dia até as viagens mais longas, que passam a seguir o ritmo da criança. O casal Leonardo Spencer e Rachel Paganotto tem vivido essa experiência há quase dois anos, com a chegada da primeira filha, Bella.
Em 2013, eles abandonaram os respectivos empregos no mercado financeiro e foram viajar o mundo em um Land Rover Defender – uma jornada que resultou no projeto Viajo Logo Existo. O casal já percorreu 127 países e, antes mesmo que Bella completasse seis meses de vida, já encarou 60 dias de estrada, percorrendo mais de 5 mil quilômetros ao passar por dez cidades de Portugal e Espanha.
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